domingo, 22 de março de 2009

Minha quase sandália Kenner


Rapaz! Eu tava em festa! Ia comprar a minha primeira sandália Kenner. Sim, aquelas que só surfista usava, original, com a borracha macia e o cabresto roxo. A boa mesmo!
Já tinha combinado com a mãezinha: eu iria ao centro, lá na Casa Havainas, como "Tinha", um amigo meu, e faria a compra sozinho! Afinal, já era um homemzinho, 17 anos completos, e sabia andar no centro sozinho.
Chegou o dia então, fomos eu e o "Tinha" pro centro, comprar a minha maravilhosa Kenner. Na verdade, a mãezinha deu grana pra comprar três pares: um pra mim, um pro Teinha, outro pro Dão, meus irmãos.
Quando descemos na parada na praça da estação, vi uma coisa que me chamou a atenção: um amontoado de gente, olhando um cara com uma caixa de papelão, mexendo três cartas pra lá e pra cá. Era a primeira vez que eu via a pretinha.
Rapaz, o jogo é o seguinte: são duas cartas do mesmo naipe e uma diferente, você apenas que apontar a diferente, simples e direto. Eu vi aquilo e vi que não tinha como dar errado.
Primeiro, cuidadoso como sempre, eu observei o pessoal que estava jogando. Tinha uma mulher que só ganhava. Acertava sempre umas cinco vezes pra errar uma, uma verdadeira barbaba!
Assim, eu só tinha que apostar a grana das sandálias, das Renner, e iria ganhar dinheiro pro pastel lá no Leão do Sul, meu e do Tinha.
Ora, me baseando no jogo da mulher, lá fui eu. Apostei uma vez, ganhei! Ai os olhos cresceram, fui de novo, ganhei de novo. Ai, o negócio começou a melar...
O cara que mexia nas cartas, o crupier safado, falou: olha negão, tu tá ganhando muito, não aceito mais você apostar pouquinho (eu tinha arrumado o maço de dinheiro na frente dele), se quiser continuar tu vai ter que apostar alto, tudo mesmo.
Ora, eu, sabido como só eu mesmo, falei pro Tinha: "Rapaz, não tem como errar, vamo pelar esse otário!" E o Tinha, na sua santa sabedoria, disse: Jô, maxo, deixa isso pra lá, vamu compra essas chinela logo...
Mas eu, tomado pela ganância pecaminosa, não ouvi meu velho amigo Tinha. Sapequei todo o dinheiro na mesa... Não deu outra: apontei com cereteza a carta que achava ser a certa, quando o cara levantou, já era! Me dei mal...
O crupier olhou pra minha cara, deu aquele sorriso de canto e disse: "É negão, acabou a sorte!"
Meus amigos, o pior foi chegar em casa e dizer o que pra mãezinha? Nem dinheiro nem sandália Kenner... Eu tinha que pensar em alguma coisa. Inteligente de preferência...
Bom, fiz o seguinte: combinei com o Tinha que iríamos dizer que fomos roubados, um cara, armado, de cor, apontou um trabuco pra nós e pediu o dinheiro das chinelas. Pronto, tava inventada a desculpa pro vacilo da pretinha.
Depois dessa, nunca mais pretinha!

2 comentários:

  1. nossa que burrice. desculpa mano vc é baiano?? nao porque em Salvador que fazem essas pegadinha que é mais velha que andar pra frente em São Paulo, eu como sou de lá e sempre via os babacas apostando qdo cheguei aqui em SSa nem me importei qdo passo por esses caras simplesmente dou risada, assim jamais tiraria o din din das minhas Kenner p isso, aposta? só na Mega sena e olha lá no maximo 3 joguinos, rs
    ass: Djohnson

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  2. porra cara eu aki sama city ES não caio nisso e eu tenho 16 rsrs vc deu mole curto muito kenner rsrs e vc vacilo legal e ainda meteu um cao na coroa rsrsrs vc e tenço mano!

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