quinta-feira, 5 de março de 2009

Na caxa do ôi...


Rapaz, ainda lembro como se fosse hoje... Tava lá no Paracuru (sempre lá!), eu e um amigo (mui amigo...) Tinha ido com a minha namorada, nesse tempo ainda era namorada, passar o carnaval. Rapaz, tava cheio de mulher!
Esse meu amigo, tinha levado a mulher dele também, mas queria raparigar. Chegou pra mim, me tentando, querendo que nos dessemos um "dibre" nas mulheres, pra ir lá pro Forró do Aurenir, onde estavam as gatas.
Olha o queixo:
- Jô, a gente diz que eu tô passando mal, e que você vai comigo a farmácia compra um Engove.
- Na hora eu pensei: Beleza de idéia! Nos vamos fingindo que vamos comprar remédio e vamô é raparigar!
Ora, deixei a Dona Maria em casa, com a mãezinha (como carinhosamente chamava minha mãe), e passei o queixo da farmácia.
E ainda completei:
- Amor, vô num pé e volto no outro! Não vai dar tempo nem piscar os olhos!
Ora, a mulher, desconfiada que só ela, já fez aquela cara de quem não gostou, mas, não falou nada, deixou eu ir.
Rapaz, chegamos lá umas 18 horas. Foi cerveja e raparigage até o cão dizer chega!
Lá pelas 4 da madruga, melado que só caroço de manga em boca de vaca, me lembrei que tinha deixado a mulher em casa.
Me mandei pra casa nuns trupelo que só vendo.
Quando cheguei ao portão (não, o cachorro não me sorriu latindo...), tava tudo fechado. Como é que eu ia entrar?
Lembrei de que a mãezinha dormia na sala, pertinho da porta.
Ai, discreto que só elefante em plantação de morangos, comecei a bater devagarinho na porta:
- Maezinhaaaa, Mãezinhaaaaa... Abre aqui...
Fiz isso umas quatro vezes...
Rapaz, pois num é que a porta abriu. Só que não foi a mãezinha que me recepcionou...
A Margarida (nome trocado pra protejer a privacidade da gente), abriu a porta e já foi dizendo:
- Bunito seu cabra sem-vergoin... Vai comendo!
Meus amigos, a mulher tem uma mão pesada! Sentou a chibata! Não deu tempo nem deu correr...
Me chamou de tudo que é nome: cachorro, safado, cabra véi, rapariguero, entre outras coisas impublicáveis até na Internet.
A essas alturas a mãezinha acordou também. Vendo aquela desgraceira, saiu em minha defesa:
- Não Margarida! No olho do bichim não! Pode bater, mas no olho do bichim não!
Oouura, que no olho não o que! A primeira sapecada que ela deu de direita, foi direto na caixa do olho!
Pegou bem dentro. Olha só o resultado na foto...
Meu cumpade, foi o resto do carnaval com gelo na caixa do ôi...

[]'s!

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